Meu adorado Filho,
Nem sei por onde começar, talvez devesse ser este o meu (o nosso) livro!
Daria um romance em - pelo menos - três tomos, ficaríamos ricos! Mas nem sei bem se seria esse o prólogo, porque o último diria algo assim:
- " Há mil anos, tempo (in)temporal, onde o relógio não tem ponteiros, fui Mãe."
E daí começaria a delinear um percurso, ora rastejando, ora dançando pelas memórias do meu cérebro, órgão que se tornou autónomo, num plano que engloba tanto a Terra, como o Céu (aquele que não pode esperar!), numa miríade, puzzle (in)completo, mal (d)escrito, de tudo o que fui e do Todo que sou!
Martim...recordo como se fosse hoje a última vez que o estreitei contra mim, pele com pele, num Abraço que se adivinhava já Sonho! Meu Filho querido, tanta emoção que me assola, num casamento celebrado, festejado e vivido, com a sua presença, que já antecipo e adivinho entre nós! Vai ser ÉPICO, e dou por mim envolta na veleidade , vaidade celebrada e indevidamente vivida, na antecipação que sempre nos caracterizou na nossa ânsia de VIVER!
Meu Filho, do coração lhe agradeco o sorriso que me desenha no rosto cansado, mas sempre com os cantos para cima, porque é neste sorriso que sacrifico e sacrifiquei tanto, tanta emoção, tanto carinho, tanto Amor!
Com...Alegria...da sua Mãe que o ama hoje e sempre,
Mami
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