sexta-feira, 29 de setembro de 2023

29.9.2023 - One Day Plus 58 - September Full Moon and "cherry pies", home recipe!

 



Meu adorado Martim,

Tenho tido tantas conversas consigo...cada vez mais somos só os dois nestes nossos silêncios gritantes, nestas nossas conversas, que mais parecem tertúlias, daquelas mesmo à antiga - só falta a cerveja e as tapas, como as que comíamos em Barcelona, enquanto trocávamos impressões (embora entre nós fossem mais expressões!), sobre a Vida e os seus vários significados - daquelas trocas de ideias que o tempo cristalizava num hiato de tempo suspenso, num segundo sem fim, e delas fazia leis, as do (nosso) Cosmos!

Tanto, mas tanto poderia eu escrever meu Filho, tantas conversas inacabadas, rasuradas pelo destino menor, para sempre esculpidas num Universo Maior, aquele para o qual mergulham os meus olhos a cada final de dia, num ocaso sem acaso, para onde a minha Alma se atira em suspiro de apneia. Lembro-me de tanta coisa, tanta, mas tanta, que daria para uma Vida, uma Vida eterna, como as nossas conversas.

Ahhh, Tim...um ano, um mês e vinte e sete dias, de uma Saudade sem fim à vista, muito menos no horizonte, aquele que me obrigaram a alargar. Passei a agonia da morte, meu Amor, para dar as boas-vindas à transformação.

Já fui a vários seminários/reuniões/"get-togethers" (desculpe o anglicismo forçado) sobre o Luto...e cada vez mais, só uma frase me aparece, naquele espaço sideral e, contudo, tão físico, entre a barriga e o coração: "Só o Amor consegue dar significado à morte"...ou, por outras palavras: "A morte perde todo o significado perante o Amor".

Poderíamos escrever: "C'mon buster, cut some slack", e enviar esta prece ao Universo, que de facto, não dá tréguas...

...e contudo, aqui estou. A fazer Dianas numa noite de Lua cheia!

Adoro-te meu Amor!

Mil beijos da sua Mãe que o adora,

Mami!

sábado, 23 de setembro de 2023

23.9.2023 - One Day plus 52 - Di Caprio ;-)!





 ...TIM!...

Vá lá, pisque-me o olho novamente. Esses olhos de um azul Céu  - sempre com maiúscula - meio acinzentado, meio esverdeado, de uma doçura iluminada por uma Luz imensa, suave e intensa, polvilhada com o púrpura das Peónias, esfumaçadas, atrás de si. 

Essa gravata tem uma história, bem como esse fraque, pertença de um Primo - co-irmão, como diria a minha Avó Lourdes, sua Omi - iluminado, no abraço de quem me conforta - sempre que estamos juntos - um pouco a saudade! A sua morte não foi em vão. Antes pelo contrário. Ela trouxe e traz, pessoas, ensinamentos e sinais. Ela traz sabedoria, nem que seja à força, qual palmatória injusta, mas aprendo a lição.

Dói-me o braço como o raio, mas acabei uma Diana, mais uma, mais outra nossa miúda irreverente, Fada encantada no mundo dos Duendes,, que vai espalhar a (sua) Magia, e que, em cada ponto costurado, encerra em mim as linhas da Saudade, alinhavadas a(o) ponto da cruz que carrego comigo todos os dias!

Esse sorriso malandro, essa voz tão meiga, esse "adoro-te" com que acabava, atabalhoadamente porque me queria despachar, cada telefonema. Essa pele, esse abraço, essa carne da minha carne, esse meu SER perfeito e contudo, tão efémero, tão universalmente meu, e tão nosso, neste Universo de Estrelas que ilumina hoje o meu campo, essa Paz, onde, no horizonte crepuscular, repousa, triste, e conquanto, esperançoso, o meu olhar.

E é nesses olhos cinza-azul-verde, num Mediterrâneo "meets" Atlântico, nesses sonhos comigo partilhados, embora não na sua plenitude vividos, mas para sempre sonhados, que nos revejo, quimera espelhada na calmaria do turbilhão que me agita as águas. 

Para sempre!

Amo-te, Filho do meu coração!

Mil beijos da sua Mãe que o adora,

Mami!

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

20.9.2023 - One Day plus 49 - Atomic Empowerment? Daqui a três dias será Outono...empower the atomic

 



Meu adorado Martim,

Daqui a três dias começa o Outono. Já se nota aquela luz suave, nostalgia doce que se despede do Verão com uma carícia ainda com cheiro a maresia, mas que já prenuncia um retorno ao "lar" (na acepção antiga da palavra), às Dianas, aos Chutneys quase a tempo inteiro, à calma e à quietude. 

Passou um ano, e não me lembro do Setembro passado, e ainda bem! Recordo apenas, desse Setembro, um oceano de lágrimas, dias cada vez mais frios e mais escuros, e de não me querer levantar da cama, nem com uma grua "king size" a puxar-me. E a cada dia desse Setembro, meio a cambalear, levantei-me. Nem que fosse a meio de um entardecer pelo qual não dei chegar. Levantei-me sempre, tomei duche, arranjei-me e, qual morto-vivo, (ou será vivo-morto?) sem destino nem origem, vagueei pela casa, pela quinta, e sobretudo, pelo Universo.

Se me dissessem, há um ano, que iria (sobre)viver, rir-me-ia a bandeiras despregadas, para depois desatar num pranto incontrolável, do qual, no dia seguinte, mal conseguiria abrir as pálpebras, inchadas de tanta saudade envolta em desgosto. E contudo...

...contudo aqui estou. E estou "bem".

- "Porra, Mãe, defina "bem!""

- "(Martim, pelo amor de Deus não diga palavrões...nem aí no Céu???)"

- "Sei lá Filho..."bem" é saber que estou viva. Sempre inundada de desgosto, mas de um desgosto alquímico, porque transformado em Gratidão! A carta que lhe li na missa de corpo presente, no dia cinco de Agosto de dois mil e vinte e dois, foi a minha promessa para si, numa tentativa sobre-humana de "walk your talk". Tenho cumprido essas palavras até me doer a carne, mas tenho: Os "SES" não são bailarinos convidados no meu coração, e muito menos o rancor ou o ódio. No meu coração reina uma Gratidão imensa, pelo enorme, gigantesco, privilégio de ter sido "empowered", ao poder oferecê-lo a este Mundo, para depois o ter de imolar a este Universo. Mas fi-lo, e fi-lo com uma coragem imensa, uma coragem ATÓMICA! Uma Coragem que faz nascer em mim uma mensagem de esperança para todas as Mães e todos os Pais que "perderam" os seus Filhos. 

Pensem que não os "perderam", mas sim que vocês, eu, e todos nós, somos uns privilegiados sem fim. Porque fomos chamados a dar ao Mundo Anjos, Anjos que nunca foram nossos, porque pertencem a uma Família Maior, Anjos que fazem do Universo, numa explosão atómica de energia, uma energia que nos empodera!

Ofereçamos esta nossa contínua e dilacerante dor por um Mundo melhor!"

Seria esta, meu Filho, a definição de estar "bem". Ou, por outras palavras, "atomic empowerment".

Mil beijos meu Filho, 

da sua Mãe que o adora,

Mami!


sexta-feira, 15 de setembro de 2023

15.9.2022 - One Day plus 44 - De Lisboa, do cemitério, de multiplos sinais, das Mulheres da sua Vida

 



Meu adorado Martim, 

Escrevo-lhe, pela primeira vez, da sala onde estive consigo pela última vez. Ainda o vejo, de calças beiges e de t-shirt verde, com aquele desassossego que o caracterizava. Lembro-me dessa última semana de Felicidade plena, como se de ontem se tratasse. Passou-se um ano e alguns dias, mas foi ontem! Toda eu sou saudade, mas não saudade rasgada, hoje sou saudade suavizada (na ainda incredulidade), mas na realidade de quem está noutro plano, meu Amor. 

Sim, Bicho, estou em casa da Oma. Olho para a esquina, onde estacionou a sua moto - o seu orgulho e a minha premonição terrível - pela última vez. Todos os meus poros transpiram saudade. Mas, curiosamente, estou envolta em si. Sei que sou Una com o Universo, e que está comigo, num plano inexplicável, intangível ao comum do olhar dos humanos, mas muito vivo. Sei que você está comigo meu Filho, isso é inegável.

Já não pertenço a este plano, e digo isto com toda a convicção. Sei que a minha conexão com o Universo é inegável, porque a sinto, mesmo quando, aos olhos dos Outros, estou acometida de uma loucura total, que não é mais do que a sanidade de quem sente que está certo nas suas percepções. O Mundo é muito mais do que aquilo de que nos apercebemos, e nós, os privilegiados, sabemos que o Mundo que conhecemos, não é mais do que uma milésima do Universo. E nesse Universo, eu SOU. Sou consigo, sou em si, sou em nós, Tríade não santa, mas cúmplice, você a sua Oma e eu, somos. Estamos. Vivemos. E sei que você vive, não no plano material, mas no espiritual, porque aí (ou "aqui") somos. 

Fui ao cemitério hoje. Abri a porta do jazigo e chorei mil lágrimas. Mas no meio dessas lágrimas repletas de saudade, e como NADA acontece por acaso, encontrei o Senhor Luis, que me indicou o Senhor António, e as cortinas novas do jazigo, que desde Março me faziam uma comichão do raio, porque não estavam postas como eu idealizei, mas improvisadas, conheceram o seu lugar. Agora está tudo como eu queria. E eu sei que você está contente com isso. 

Martim, como posso descrever isto? Não sei. Sei que estou ligada ao Universo, a si, e que sou envolta pela sua energia. Somos unos com o Universo se soubermos como haveremos de nos conectar. E conectar é largar TUDO, tudo e mandar aí para cima. Meu Filho, que grande, enorme, gigante ensinamento tem sido a sua partida.

ENERGIA...a nossa. 

A Oma, do alto dos seus 78 anos, faz planos comigo nestas madrugadas, ela deitada na cama, porque os seus pés estão mega inchados, e eu, porque sou GRATA! Tão grata meu Filho, que já temos a logística toda delineada. Mas é preciso ter Fé, a que me acossa hoje e sempre, desde a sua partida, de que o Universo providencia. Para a maioria dos mortais enlouqueci. Sem dúvida que sim. Para mim, eu vivo num plano diferente, mas não menos real. 

Eu sei. E sei que é possível, que quando acolhemos o Amor e a Gratidão, conseguimos transformar a dor em Amor. E esse Amor, essa chama vibrante enche-nos o coração e suaviza tudo. E ultrapassa a morte, porque a morte não é mais do que um estado de mudança de um plano (tangível) para outro. 

A vida, como a conheci, não existe mais, é uma quimera de acontecimentos entrelaçados no tempo e no espaço: ela é hoje um aglomerado de sinais, num plano ao qual eu já não pertenço, porque parte de mim é Universo. É dificílimo de explicar, porque - lá está - raia a loucura. Mas dentro da (in)sanidade dessa loucura eu sou, e sou consigo. E consigo eu sou. E consigo. Consigo superar a dor, porque percebi que nada é o que parece, e o Universo não tem fim, nem princípio. Somos no Universo. Embora eu não saiba quem sou, ou não o consiga definir. Parte de mim está no plano terreno, a outra, bem, e outra é energia. Somos nós, aqueles nós para sempre entrelaçados, num laço invisível, conquanto tão forte, que atravessa o tempo e o espaço. E nesse nós, nesses nós que não se desfazem, eu sou.

Sou Gratidão meu Amor, sou Amor, sou Mãe. Sou tudo, sou nada, sou um átomo, sou um Universo, sou chama, sou saudade, sou tudo. Sou noites sem dormir, sou criação, sou o princípio mas não o fim, porque o fim é o princípio. Sou abençoada. Isso sei que sou.

Martim, as velas ardem até ao fim, até esgotarem os seus pavios, para iluminarem, num eterno adeus, as noites escuras, aquelas noites de pesadelo porque de uma saudade sem fim, mas onde sabemos que a alvorada irá irradiar, primeiro em tons tímidos, depois em cores fortes, as madrugadas, até sermos estrelas.

Filho, tanta, tanta, tanta gratidão! 

7! 

Estamos juntos, nos sinais que me envia, para me manter com os pés aqui, porque me mostra que o meu coração está aí! Mil Vidas meu Filho, mil vidas que vivi consigo, mil aventuras, mil recordações, cem premonições (ou será "sem"?)

"Cause I don't need a reason, or someting to believe in, your eyes let me know, like footsteps home, I will follow"(...) no there is no more screaming, I'm silencing the demons, your eyes let me know, like footsepts home, I will follow!"

Gratidão meu Amor!

Mil beijos da sua mãe que jamais o esquece,

Mami

domingo, 10 de setembro de 2023

10.9.2023 - One Day plus 39 - Dez de Setembro, Domingo, chove como o raio, tenho favas ao lume...

 




 Martim, meu adorado Filho,

Tenho pensado tanto em si, meu Deus, e com tanta saudade, conquanto mais apaziguada. A Marta teve a bebé, e chorei tanto, mas tanto, de comoção, que não tenho palavras. Ainda visualizo a nossa Diana, sua Filha e minha neta, e isto custa para caraças. Mas ao mesmo tempo, é uma alegria ver as Amigas de uma Vida com as vidas perpetuadas. Daria a Vida para ser avó, mas antes disso, mil vezes, para o ter aqui, ao pé de mim. Tenho saudades do seu cheirinho e da força do seu abraço. De ouvir aquele: 

- "Adoro-te", que me derretia o coração, sobretudo quando me tratava por "tu", sinal que estava mesmo a sentir!

Apaziguamento não é menor saudade, é "apenas" um tipo de saudade que não nos rasga constantemente as entranhas, e não nos faz querer morrer a cada instante, mas apenas e tão só, às vezes. Não deixo de o chorar meu Filho, todos os dias, mesmo que sem lágrimas por vezes, mas é aceitação. Aceito tudo, ou quase tudo, porque ainda nem metade me atrevi a chorar. Falta-me chorar o seu avô (que nem me atrevo) e a Foxie, porque morro de saudades dela e de todos!

Você sabe como eu gosto destes dias nostálgicos de um Setembro chuvoso, prenúncio de um Outono precoce, como tudo o que me aconteceu, mas também de um Outono mais doce. Ou mais suavizado, mesmo quando totalmente envolto em saudade, em eternas perguntas, em oceanos de lágrimas. Hoje a sua partida é real. E é real dentro da brutalidade, mas também dentro da entrega de quem mais nada pode fazer. Nada, nada, nada me irá trazer o seu abraço e o seu cheirinho de volta, por isso, tenho de continuar por si, por mim, por nós! E chegar a esse desiderato demorou um longo e penoso ano. 365 dias de saudade a raiar a loucura, na (in)sanidade instalada num momento cristalizado no tempo, num dia que destruiu toda a minha vida, tsunami de tudo o que tentei criar. Momento em que morri, para ressuscitar pouco depois para o nihil...

Meu Filho adorado, hoje as lágrimas são diferentes. São mais sentidas pela ausência, conquanto menos frequentes pela incredulidade. Hoje estou mais sábia, ou muito mais dorida, mas apaziguada na aceitação do inevitável. Hoje sei que não foi de viagem, que nunca mais irei ouvir a sua voz, excepto nas nossas conversas - abençoadas sejam as gravações - de Whats Up. 

Os seus Amigos casam e têm filhos, e eu estou à beira do cais a ver as barcaças partirem. E nesse Adeus, nesse sofrimento de quem não apanhou boleia, estamos juntos. Tão grata meu Filho, tão grata por si. Por tão longos e tão poucos anos consigo, pelas recordações, memórias tatuadas na minha Alma, momentos tão felizes quanto efémeros, tão bons que nem ouso recordar, sob pena de sucumbir ao peso da falta desses mesmos. Hoje sou uma nova pessoa, uma anciã que se perdeu na Alegria de quem sempre tentou viver, apesar da adversidade. Hoje mil recordações de momentos incríveis me invadem!

Hoje também choveu a cântaros, e o Miguel esteve quatro horas a guardar a lenha. Enquanto isso, depois de tratar da casa, fiz Chutney para levar para Lisboa, e favas para o jantar. Ainda bebemos um Gin ao cair da tarde, crepúsculo dos Anjos, seu e de todos os Anjos que estão a seu lado, onde, a cada por do sol, sou agradecida por tudo o que vivi!

Beijo em si meu adorado FILHO, meu Amor, minha Vida...

da sua Mãe que o adora e sente tanto, mas tanto, tanto a sua falta,

Mami


P.S. O Mano chegou são e salvo da Escócia e o meu boguinhas também! Deus seja louvado! 


terça-feira, 5 de setembro de 2023

4.09.2023 - One Day plus 33 - Por onde começar? Durutti Column e "Sketch for Summer"?

 





Bicho do meu coração,

Voltei às Dianas, porque há uma Diana há demasiado tempo à espera da sua Diana. 

Entrei hoje, pela primeira vez depois de muito - demasiado? - tempo, no atelier. Afaguei os tecidos, colhendo devagar e com carícia, as minúsculas flores de cada um, e delas fiz um ramo, um ramo multicor. Um ramo para si, meu Amor.

Hoje tenho as pernas doridas. Isto de viver no campo tem das suas, e de andar, debaixo de um céu plúmbeo de Setembro, com réstias de sol de Agosto que o acariciam, durante vários quilómetros, ainda tem mais. Caiem as primeiras gotas, e nem as sentimos, entre chamar a matilha, colher figos e apanhar amoras. Filho...

...como descrever o apaziguamento? Como:

- "Sou abençoada?"

Isso já eu sabia. Mas o salto quântico que se dá, é algo de indescritível. E é esta sensação que um dia gostaria de poder transmitir às Mães recentemente de(s)filhadas, cujo Norte foi apagado de uma bússola que lhes guiava a Vida. Rumam agora sem destino, nómadas do sofrimento, perdidas na saudade, mendigas de um futuro que lhes foi roubado!

E é precisamente nesse roubo, nesse eterno sequestro de Alma, nessa dor sem fim, precisamente nesse limiar entre a (in)sanidade e a loucura instalada, que nos encontramos. A Nós, Filhos e Mães, atados pelo nó eterno da Vida, e a nós, Mulheres mutiladas, aniquiladas, despojadas de todo o sentido do nosso Ser maior! É AQUI, no momento em que, uma vez mais, pairamos acima da raiva, da angústia, do bailado dos "SES", deixando entrar no coração apenas AMOR, é nesse instante, nesse milagre divino, cristalizado num tempo e num espaço sem dimensão, porque transcendentais; que nos apercebemos de que todo o sofrimento, toda a saudade e toda a tristeza, se paziguam perante o milagre do ETERNO. 

Não se apaziguam ao ritmo que os "Outros" querem, mas sim ao nosso ritmo. E quando ando quilómetros, e sinto o perfume do alecrim, o aroma do eucalipto e o cheirinho da urze, percebo que o Universo não tem fim. E, consequentemente, o fim é o princípio. 

E muito poderia eu escrever sobre a águia que me acompanhou hoje, por cumes e vales, em círculos e em voos picados, mas bastou-me sentar numa pedra e repousar olhar.

Virá em breve o Outono, a minha estação preferida!

Chegámos ao ponto de partida meu Amor querido. Ao nosso círculo, mandala sem fim do Amor!

Mil beijos da sua mãe que o adora,

Mami


sábado, 2 de setembro de 2023

2.9.2023 - One Day plus 30, anos da Oma e sinais seus!

 



Meu adorado Filho, 

Hoje, já sabemos, a Oma faz anos. E como não poderia deixar de ser, relembrei muitos destes nossos dias dois de Setembro, e o que nos ríamos todos juntos, a celebrar esta data com ela. Da Madeira ao Ramiro, passando pela Lourdinhas, houve de tudo um pouco. Mas sobretudo, houve felicidade, cumplicidade e amor, memórias indeléveis, inultrapassáveis e inesquecíveis, porque de outro modo, não seriam memórias.

E é nesta vivência deste novo quotidiano, neste apaziguar da dor, que hoje você nos presenteou com o maior e mais impressionante espetáculo da natureza a que alguma vez assisti. 

Já vi muitos Arco-Íris desenhados no céu, muitos mesmo, mas nunca vi nenhum onde conseguisse vislumbrar o início e o fim desse mesmo arco. Já vi muitas trovoadas, mas nunca vi uma trovoada com raios a iluminar o céu, onde ao fundo se mantinha o Arco-Íris. Já assisti a muitos dias de chuva, mas chuva forte, trovoada, Arco-Íris e temperaturas de verão, nunca tinha assistido. E este Arco-Íris, este sinal maravilhoso do Céu - propositadamente com  maiúscula - manteve-se por longos quarenta e cinco minutos por cima de nós.

Foi um entardecer lindo, foi Magia, foi o seu sinal de parabéns para a sua querida avó. A vida continua, muito mais vazia, muito mais triste, mas viva, exuberância que se manifesta diariamente na natureza.

Meu Filho, estou tão grata! Tão grata por mais este seu sinal divino, pela sua presença. Quem morre, nunca morre até ser esquecido. E porque o "Essencial é (in)visível aos olhos, mas detectável no Amor de um coração de Mãe, você nunca o será. Está presente no meu quotidiano, a todo o instante, conquanto em apaziguamento. 

OBRIGADA meu Amor querido, por este presente, dádiva do Universo, neste dia dois, tão importante para nós!

Mil beijos da sua Mãe que o adora,

Mami


25.4.2024 - One Day plus 266 - (Still about) the Intrepids, the Freedom Lovers, the Crazy Ones...

  Ahhh meu adorado Filho, Que DELÍCIA!  Está tão, mas tão perto de mim e obrigada pelos sinais que me vai enviando, hoje especialmente.  O &...