Meu adorado Filho,
Hoje, já sabemos, a Oma faz anos. E como não poderia deixar de ser, relembrei muitos destes nossos dias dois de Setembro, e o que nos ríamos todos juntos, a celebrar esta data com ela. Da Madeira ao Ramiro, passando pela Lourdinhas, houve de tudo um pouco. Mas sobretudo, houve felicidade, cumplicidade e amor, memórias indeléveis, inultrapassáveis e inesquecíveis, porque de outro modo, não seriam memórias.
E é nesta vivência deste novo quotidiano, neste apaziguar da dor, que hoje você nos presenteou com o maior e mais impressionante espetáculo da natureza a que alguma vez assisti.
Já vi muitos Arco-Íris desenhados no céu, muitos mesmo, mas nunca vi nenhum onde conseguisse vislumbrar o início e o fim desse mesmo arco. Já vi muitas trovoadas, mas nunca vi uma trovoada com raios a iluminar o céu, onde ao fundo se mantinha o Arco-Íris. Já assisti a muitos dias de chuva, mas chuva forte, trovoada, Arco-Íris e temperaturas de verão, nunca tinha assistido. E este Arco-Íris, este sinal maravilhoso do Céu - propositadamente com maiúscula - manteve-se por longos quarenta e cinco minutos por cima de nós.
Foi um entardecer lindo, foi Magia, foi o seu sinal de parabéns para a sua querida avó. A vida continua, muito mais vazia, muito mais triste, mas viva, exuberância que se manifesta diariamente na natureza.
Meu Filho, estou tão grata! Tão grata por mais este seu sinal divino, pela sua presença. Quem morre, nunca morre até ser esquecido. E porque o "Essencial é (in)visível aos olhos, mas detectável no Amor de um coração de Mãe, você nunca o será. Está presente no meu quotidiano, a todo o instante, conquanto em apaziguamento.
OBRIGADA meu Amor querido, por este presente, dádiva do Universo, neste dia dois, tão importante para nós!
Mil beijos da sua Mãe que o adora,
Mami
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