Tim, (falta-me o fôlego para o "meu adorado Filho"),
Tim...quantas mensagens, fotografias, vídeos e mais telefonemas costumávamos trocar por estes dias? Quantas discussões sobre os presentes para o Duda, a Oma e a sua miúda, passando por algumas outras dicas, como as do Pai, dos Tios, de tantos outros? Quantas vezes tocava o meu telefone, agora mudo, no silêncio da comunicação, nesta época tão significativa para mim, tão cheia, tão grávida de recordações doces e suaves, tão plena de Amor, tão dádiva, com a qual que nós dávamos Alegria aos outros? Lembro-me de tanto Martim! De tanto, do sorriso da sua miúda, quando você fez magia com a carteira, da gargalhada da Oma com o porta-moedas que ainda hoje usa, e da minha, por ter finalmente uma "Coach" de uma cor que ninguém tem, a minha "Coach" da sorte, aquela que hoje quase nem ouso usar para não estragar! Erro meu, mas apenas por querer preservar intacta a memória de um Natal tão especial, dos últimos, que passámos na Alegra Casinha, quando tudo era ainda normal!
Ontem o Mano ligou, andava nas compras de Natal. Foi um telefonema que soube pela Vida, ainda com maiúscula nessa altura, e, conquanto, constato que estou a viver, ao antever o sorriso da Cate e da Oma, do Mano e mais alguns sorrisos, espalhados e espelhados pelo Natal. Um Natal em que agradeço, porque nada me resta, e, mesmo assim, tenho tanto!
E é isto Filho. É isto, tão perto do Natal.
Saudades suas Martim, tantas, que não consigo quantificar. Tantas, que não existem lágrimas suficientes. E ao mesmo tempo, tantos sorrisos perante as minhas doces memórias. A vida continua meu Filho, nas velas que acendo no meu atelier, na Paz que procuro diariamente sentir no meu coração, no apaziguamento de tanta imagem gravada na memória, nos soluços que agora teimam em se libertar do meu peito.
Se o Mundo soubesse...
...mas também se soubesse de tudo, deixaríamos de ter aqueles nossos segredos cúmplices, de jantares épicos, de memórias indeléveis, de Vida pulsante e plena, transbordante de energia. Dava a vida para ouvir a Coruja cantar...
...há sempre um presente especial à nossa espera debaixo da árvore!
Com AMOR infinito,
Mami
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